22 mai 2013


Me Desfolhar


Ah ! Quanto tempo vai passar
Pro outono vir ventar
Desfolhando em mim, enfim
Sentimentos desbotados
Pelo sol que já se foi
Primavera de nós dois
E desnudo aqui, eu só,
Sou inverno sem amor.

Sai e vem ver
Toda água que jorra
Sem matar a sêde,
Vem ver!

Saiba que nem um poema
Ou verso da canção
Tem poder prá sarar
Um coração !

Soleira  
Ou calçada
Ruas cheias
Madrugada             
Não me fujas
Não me finjas
Passe o tempo
Nesse frescor
Ter o luar
Como abrigo    
Ter a relva    
Ter a flor     

Ah ! Se eu pudesse me desfolhar
Cair e repousar
À sombra dum casulo
Que transforma o resto
Em puro tempo
Prá passar o outono
Transformado em verão
E enfim, sonhar da areia
Na praia

IV/2013

5 octobre 2012

Caem!


8 juillet 2012

poesia gnômica (um sorvete, Julio?) ...do jeito que o verão chega e não se instala, esquenta e chove prá refrescar, como se fosse uma farça prá nos fazer repensar no que importa sair de guarda-chuva ou de óculos escuros, de botas de borracha ou de sandalias legítimas, se de todas as maneiras, com uma ou com outra, um pode sempre carregar, e consigo mesmo, uma mesma banana ou uma outra mesma forma de fruta parecida ...com uma mesma banana e sentar-se num tronco qualquer e come-la e comer-se sentado num tronco qualquer, sem tropeçar em qualquer objeto que encombre a paisagem, diga-se de passagem ! mas a paisagem mudou, o humor mudou, a muda mudou e os mudos não podem exprimir oralmente o que sentem mas se exprimem e assim dá. -dá-dá-dá, dá-dá-dá dá-dá..."oblá-di, oblá-dá, life goes on"! cantarolando enquanto canta rolando de rir do que pode ser um negocio bem sério. não obstante, os poréns de que um se refira à alguns e à quaisquer outros estados pós aparentes, parentes opostos e a favor inoperantes e contra tudo e contra todos, advirão, enfim... pois seja como for, tudo não será senão méra coincidência termo-dinâmica, diametralmente oposta às apârencias, parcial e parentalmente antônimas, anônimas, anatômicas, ergonômicas, astronômicamente gnômicas. que tal um sorvete agora, Julio? - Dorigny, 8 de Julio, 2012

13 avril 2011

A curva do rio

A curva do rio é reta, a curva do rio é reta
Sempre reta, sempre reta,
A tarde se anuncia ereta, a tarde se anuncia ereta,
é a meta, é a meta
A pedra que faz sentido
A força que me projeta
Bem seria a lata que corta
O que me importa, o que me importa

A nado me valho sempre
Das pernas e dos meus braços
O peito, esse que sente
A cabeça, essa que bato
E bate, rebate o vento
Na beira da exaustão
Se penso não faço jeito
Se penso no teu sertão

Sei não, sei não, valha-me Deus !

Peixe também se afoga
Agua também se turva
Arvore que tu não cuida
Morre ali na chuva,
Retorna bem lá pro fundo
Dos mares e rios do mundo
E tira sua reverência, paciência com a ciência
Atire a primeira pedra, que se quebra, que se quebra
Atiça teu fogo ardente, dor que sente, paciente !
É mera coincidência, que indescência, excelência !
Que a vida no vale un pedo, hay miedo del miedo !
A bomba que nos explode, nos disolve e só fode !

A noite que se escurece, não te esquece nem te aquece
A lua que vem na tua, toda rua tem a sua
Tem grilo que se parece, e parece e parece
E gente que só padece, e padece e padece!
O jeito é ser vagalume
Se alume no seu perfume
Fumaça prá quem se fume, que se fume, que se fume !

A curva do rio é reta... Sei não, sei não! Valha-me Deus!

4 juillet 2010

Um Todo, Uma Toada

no charco a rã coacha quando quer
a mosca frequenta das mais belas flores
às mais nojentas nojeiras
não hà diferença na escolha
a escolha é diferente, e só!
a necessidade faz a diferença, simples diferença!
a natureza tem razão, sempre!
a espéce humana tem interesse
e do proveito, e do lucro, e dói
e faz doer (miserável razão!) em muitos mais seres humanos
do que aproveita pouco aos tantos e tantos outros!
isso é louco! muito louco!
...e injusto e triste também!
mas tudo é um todo
e todas espéces fazem parte disso
senão não seria um todo
senão só seria uma toada,
uma simples toada.
vai! toa! coacha! continua a entoar nel oído que,
de ouvido, sei que não será à toa!

A rã (by Alice)

15 juin 2010

Helping Hand ('n'roll)

When you look at your life behind you,
Like dark clouds
Rising up like a winter storm
You have just one thought in mind:

Run toward the waves
Desperately through the fields
Fly beyond the heavens
And cry, and cry, and cry…

The time has passed fast
You feel you’ll be the last
Those you've loved the most,
Are leaving first

Screams are coming out
From your deepest soul
Who cares about your pain?
And if all will be in vain ?

When your life goes down
The people who « mill » around you
Are passing without a glance
Looking out for their chance

Their smiles aren't for you
Their cares aren't for you
You want just a little thing
You need just a helping hand

Dive into your tears
Will not make you better
It's just a waste of your time
That is just for nothing, for nothing

Flying beyond the heavens
It's For nothing, for nothing
Run desperately through the fields
It's For nothing, for nothing, for nothing…

10 juin 2010

PSTP

PSTP - Partido Sem Tirar Partido !
Partido já é Dividido !
E Dividido, (Não ?) Muitos Dividendos Dão !
Serão Dívidas, Dúvidas ou Dádivas ! ?

De todas essas, as Divas podem Divagar
E se Gabarem como bem entendem !
(Diria Gabeira(?): Devagar, Devagar!)
De todas essas, as Dádivas nos São o que os Grãos do Arão nos Dão :
Um Copo-de-Leite !

Pão nosso de cada Padeiro !
Pai Nosso de cada Carpinteiro !
Pô ! Nessa fui e aqui pari !
Porém aqui também Parei !
Puta-Que-Pariu !